Foto - Ed Santos
Elmano Portugal renunciou oficialmente a presidência do Fluminense
Elmano Portugal não é mais presidente do Fluminense. Ontem, num encontro reservado com outros membros da diretoria e do Conselho Deliberativo, ele entregou a sua carta-renúncia e fez a sua prestação de contas. Com a saída do presidente, a empresa EJE também deixa de comandar o departamento de futebol do clube, após um ano e quatro meses de parceria. Elmano Portugal disse que sai com a consciência do dever cumprido e não apontou culpados para esta decisão.
Em entrevista ao repórter Miro Nascimento, da Rádio Sociedade, o ex-presidente Elmano Portugal disse que a sua saída foi em decorrência da falta de apoio para que o projeto da EJE fosse levado adiante no Fluminense. "Não foi nada, além disso, já que muitos imaginavam que existiam outras coisas por de trás. A verdade é que tentamos dar uma visão empresarial ao clube, mas não conseguimos sensibilizar os empresários e a comunidade de um modo geral e por isso estou deixando o clube", explica
Quanto a sua prestação de contas, Elmano Portugal preferiu não passar detalhes, deixando para que o presidente do Conselho Deliberativo, José Francisco Pinto, o Zé Chico, o faça posteriormente. "Tudo foi feito de maneira clara e transparente: as contas já estão com presidente do conselho, que vai levar ao conhecimento dos conselheiros para serem aprovadas. Tudo ficou esclarecido, em relação ao que o Fluminense tem direito e a empresa liberou para o clube tudo o que teria a receber porque entendemos que o time precisa se preparar para a Série D e representar bem a cidade", afirma.
O ex-presidente rebateu algumas colocações feitas sobre a sua possível ida para o Bahia de Feira juntar-se ao empresário Jodilton Souza. "O projeto que ele tem é muito interessante, mas de maneira nenhuma irei participar deste novo trabalho. Torço para que dê tudo certo, mas sou Fluminense e não é porque deixei a presidência que vou mudar meu comportamento. Vou continuar sendo torcedor de ir aos estádios acompanhar os jogos", diz.
Quanto a sua auto-análise sobre a gestão em si, Portugal garante estar com a sensação de dever cumprido. "Tudo o que nós projetamos foi devidamente cumprido: fizemos investimentos, o time fez uma grande campanha no estadual e classificamos para a Série D. Por isso estamos com a sensação de dever cumprido e poderíamos fazer muito mais. No entanto, sozinhos, não tínhamos condição de tocar este projeto", comenta acrescentando que. "o poder público fez o possível, mas o que faltou mesmo foi este entendimento das pessoas, ou seja, dos empresários, dos comerciantes, mas não há mágoas quanto a isso".
A principio o cartola descarta a possibilidade de ocupar novamente um cargo no clube. “Isso não quer dizer que vou me afastar definitivamente até porque sou um conselheiro do clube. Vou continuar ajudando através da minha empresa e espero ter a oportunidade de permanecer contribuindo com algumas opiniões e acima de tudo sugestões”, garante.
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