segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sem EJE, Elmano admite "jogar a tolha" no Flu

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O presidente Elmano Portugal estipulou o final da semana como prazo para tomar uma posição oficial se deixa ou não Fluminense


O empresário Elmano Portugal admitiu hoje deixar a presidência do Fluminense, caso a empresa EJE, que hoje comanda o futebol no tricolor, rompa o contrato de parceria em vigor que tem a duração de cinco anos. Durante toda a semana passada aconteceram vários encontros, articulações, mas nenhuma decisão sobre o futuro do clube foi tomada. O cartola deve definir de forma oficial a sua posição até o final da semana a sua situação: se não houver apoio maciço das empresas da cidade, ele confirmar a sua saída do Touro do Sertão.

"Do céu ao inferno". Esta é a situação que pode ser colocado o Fluminense no seu atual momento administrativo. Em menos de seis meses, a equipe que se planejou e fez um grande certame estadual - ficando na terceira colocação - e garantiu uma vaga no Campeonato Brasileiro da Série D, vive um conturbado momento com a saída da parceira EJE que até então comanda o seu departamento de futebol. A situação ficou evidente com o afastamento de Jodilton Souza para cuidar do Bahia de Feira, clube que as suas empresas compraram 75% das ações e estréia no Campeonato Baiano da 2a divisão no final da semana.

A falta de suporte financeiro é outra questão que ficou bem clara, já que durante o certame estadual o Touro do Sertão sobreviveu praticamente dos recursos aplicados pela EJE. As rendas nos estádio não corresponderam às expectativas e, além disso, a campanha Sócio-Torcedor não conseguiu nem 500 pessoas para se tornarem sócios e contribuírem mensalmente com a equipe, em troca de acompanhar jogos no Jóia da Princesa e de descontos em lojas credenciadas à campanha.

Diante dessas situações, o presidente Elmano Portugal vem tentando entendimentos, junto com outros membros da diretoria e do Conselho Deliberativo, presidido por José Francisco Pinto, o Zé Chico. No entanto, nenhuma solução para o impasse criado, com a saída de Jodilton Souza, foi apresentada e, o mandatário maior do clube, que ainda tem mais um ano de gestão, admite ser complicada a sua permanência diante do quadro atual. "Nós fizemos tudo o que foi planejado e melhor do que isso foi mostrar a sociedade que o clube é viável. Mas agora precisamos que as pessoas, as empresas acreditem no nosso projeto se isso não acontece nos remete a dois tipos de situação: ou não fomos bem entendidos nas nossas propostas, ou que realmente ninguém se preocupa com o clube e não seremos nós a assumir sozinhos o ônus da responsabilidade nessa condição desfavorável", declarou.

ARTICULAÇÔES
Há quase duas semanas, seguidas reuniões têm acontecido no sentido de se encontrar uma solução para o Fluminense. Já aconteceram dois encontros dos dirigentes com o prefeito Tarcízio Pimenta e existe a possibilidade de uma audiência com o secretário estadual da Indústria e Comércio, Rafael Amoedo, para viabilizar apoios de algumas empresas. Por enquanto, nada disso foi concretizado e o presidente estabeleceu até o final da semana como prazo para tomar uma posição definitiva sobre a sua permanência.

"Na verdade, diante deste quadro não há como continuar a frente do clube. Mas estamos mantendo ainda entendimentos e até o final da semana tomarei uma posição até porque o clube tem a Série D para disputar e não é justo permanecer este entrave já que a equipe precisa ser arrumada e quem sabe outra gestão, possa conseguir, o que não conseguimos", afirma.

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