Pouca renda nos estádios e o acúmulo de dívidas trabalhistas e com órgãos federais é mais um empecilho para a permanência da EJE no Fluminense, que vai disputar a Série D segundo semestre. Desde o final da semana os dirigentes estão tendo sucessivas reuniões para discutir esta situação e uma das soluções encontradas para acabar de uma vez com o impasse é a desapropriação da área que o clube tem na BR-116/Sul, às margens do Rio Jacuípe por parte da prefeitura que compraria a área para construir casas populares.
A área, onde seria construída a sede náutica do clube, existe foi doada há mais de 20 anos. Algumas construções começaram a ser feitas, mas o local nunca foi concluído por falta de recursos e nos últimos anos tem sido alvo de polêmicas entre os dirigentes do clube e membros de uma igreja evangélica que durante muitos anos mantiveram um centro de recuperação de dependentes químicos funcionando na área.
Segundo o vice-presidente administrativo do Flu, Everton Cerqueira, a desapropriação da área seria uma solução interessante para a situação atual. “A idéia é conversamos com o prefeito Tarcízio Pimenta para que a prefeitura possa desapropriar a área para que ali sejam construídas casas populares. Com o dinheiro que o time receberia com a venda do terreno poderiam ser pagas as dívidas trabalhistas e ainda se investir no time de futebol para a Série D. Se isso não acontecer, a situação vai se complicar muito porque os dirigentes da EJE não querem continuar investindo sem ter um retorno financeiro e ameaçam deixar o clube, o que seria terrível e poderia ser o fim de tudo”, afirma.
Nos últimos meses, a grande fonte de receita do clube são os investimentos feitos pela EJE para manter os salários de todos os funcionários em dia. Outros projetos não foram colocados em prática por não haver uma garantia de retorno aos investimentos feitos pela empresa.
Um dos fatores que deixou os dirigentes tricolores receosos é o acúmulo de dívidas trabalhistas, além de débitos com órgãos federais como o INSS. “Estamos ainda fazendo um levantamento geral das dívidas, mas isso realmente atrapalha porque hoje a única fonte de receita são as rendas dos estádios, que não estão sendo penhoradas na sua totalidade por conta de uma liminar que conseguimos na Justiça. Independente disso, o restante do valor arrecadado nem de longe cobre as despesas com o time”
Outra alternativa seria o comércio e as indústrias da cidade apoiarem o clube com investimentos. “O prefeito faria uma grande reunião juntamente conosco e a finalidade é a conscientização dos empresários no sentido de investirem para termos um time competitivo capaz de ganhar a Série D”, diz o cartola.
Para Everton Cerqueira, a saída é justamente esta conscientização já que o Fluminense é o maior clube da cidade. “A campanha feita no estadual foi fruto de um planejamento, que também mostrou a viabilidade de se administrar o clube. Porém não pode haver apenas investimentos por parte da EJE já que temos grandes empresas, um comércio forte e que poderiam muito bem investir, já que o retorno é garantido principalmente agora que o clube tem atividade durante todo o ano”, enaltece.
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