terça-feira, 22 de setembro de 2009

Para ter iluminação, Vila terá que ser doada a Sudesb ou a Prefeitura

Jucilene Martins
A Vila Olímpica, recentemente inaugurada, está abrigando jogos amadores e até pouco tempo, treinos da seleção feirense


O tão esperado sistema de iluminação artificial da Vila Olímpica dos Amadores Edval Souza pode demorar a sair. Por incrível que pareça, o projeto para a colocação dos refletores foi aprovado a nível federal e a expectativa era de que a verba estivesse sendo liberada, mas por conta da burocracia isso ainda não aconteceu. De acordo com o presidente da Liga Feirense de Desportos (LFD), Iramar Lima, para que o projeto seja concretizado, a entidade terá que doar a praça esportiva para o Estado, ou mesmo o Município para ser administradaA verba para a aquisição dos refletores foi conseguida através do deputado federal Sérgio Carneiro (PT), mas até agora dinheiro não foi liberado. A praça esportiva foi reinaugurada há aproximadamente 60 dias e a expectativa era que o sistema de iluminação fosse instalado agora no segundo semestre. “Estive recentemente no Ministério dos Esportes em Brasília/DF para tratar de alguns assuntos e procurei o deputado Sérgio Carneiro que de imediato, através da sua assessoria agendou um encontro meu com o sub-secretário da Setre (Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia), Elias Dourado, que por sua vez me disse que para conseguir este pleito, o equipamento teria que ser doado ao Governo”, afirma.
De acordo com o dirigente, a LFD teria que doar a praça para a Sudesb (Superintendência do Desporto do Estado da Bahia) fazer as obras e só devolveria após a conclusão. “Isso seria feito da seguinte maneira: doar a Vila, passando a escritura para a Sudesb fazer as obras. Não entendemos o porquê disso, se o projeto consiste apenas em instalar os refletores. Para que passar escritura pública? Ainda arcaríamos com as despesas de cartório”, explica.
Lima disse que diante desta posição resolveu consultar a sua diretoria e os dirigentes dos clubes amadores que de pronto rechaçaram a possibilidade. “Não aceitamos porque se fosse somente parar o certame amador, tudo bem. Mas o risco é grande de perdermos o equipamento ao passar a escritura. Se isso acontecer podem ser levantadas suspeitas de que poderíamos estar nos beneficiando com esta situação”, informa.
Outra alternativa apontada, em uma consulta feita ao Departamento Jurídico da Sudesb foi a doação do patrimônio para a prefeitura municipal. “Isso será por, no mínimo, 20 anos seguindo outro modelo de projeto da Caixa Econômica para liberar recursos. Ou seja, cederíamos o equipamento para a prefeitura administrar e a Sudesb então faria a obra”, diz Iramá.


MOMENTO
Esta solução aponta é vista com receio por parte do presidente da LFD. “Não me posicionei ainda porque pelo que observo, a prefeitura não tem funcionários suficientes para cuidar das praças esportivas e um equipamento a mais poderia ser oneroso para os cofres públicos e não sei até que ponto isso funcionaria. Mas vamos fazer novas consultas aos dirigentes, aos nossos departamentos jurídico e administrativo para tomar uma deliberação sobre isso”, afirma o presidente Iramá Lima comentando. “considero até uma incoerência porque a todo instante somos procurados por empresas para comprarem aquela área e nos recusamos porque entendemos que o esporte precisa ser valorizado. Não é una posição razoável”.

Reinaugurada há aproximadamente 60 dias a Vila Olímpica dos Amadores vem sendo utilizada para partidas do Campeonato Amador do Campeonato Baiano, nas categorias Infantil e Juvenil, além de treinamentos da seleção feirense, que foi eliminada do Campeonato Intermunicipal

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