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Com o seu poder de articulação, Zé Chico, tem feito um importante trabalho no tricolor feirense
José Francisco Pinto, o Zé Chico, deve concorrer a reeleição para a presidência do Conselho Deliberativo do Fluminense. O cartola já começou as articulações e tem alguns projetos como a diminuição do quadro de conselheiros e uma reavaliação da atual taxa de R$ 8 paga como mensalidade. As eleições para o novo Conselho acontecem no mês de novembro e os novos membros têm como principal missão eleger a nova diretoria executiva do clube que substituirá a atual, comandada provisoriamente por Luís Paolilo.
De acordo com o estatuto do clube, o mandato do atual Conselho Deliberativo se encerra no próximo mês de novembro e o presidente Zé Chico, que poderia concorrer a presidência executiva do clube, por enquanto, descarta esta possibilidade e admite concorrer a reeleição no Conselho. “Coloco meu nome à disposição, já que temos feito um trabalho, que vai além da nossa função, ou seja, estamos lado a lado com a diretoria trabalhando, principalmente agora na formação deste time que participou da Série D e fez uma campanha digna honrando as tradições da cidade. Lógico que vou buscar apoios para continuar este trabalho, caso seja eleito”, declara.
O dirigente disse que ainda existem questões polêmicas a serem resolvidas: a mensalidade de R$ 8 paga pelos conselheiros e a redução do quadro atual de membros.
O pequeno valor de R$ 8 pagos mensalmente pelos membros do Conselho Deliberativo do Fluminense foi um dos pontos da reforma estatutária do clube que vem causando polêmica desde quando entrou em vigor no ano passado. Por conta deste e de outros pontos, aconteceram desavenças entre conselheiros, diretores e a EJE, que deixou o clube em maio deste ano.
Este valor ficou definido numa polêmica reunião realizada no ano passado, em caráter de emergência para se fazer uma reforma no estatuto com a finalidade de adequá-lo ao novo Código Civil. Desde então foi aberta uma discussão, sem precedentes, sobre o tema: uns acham uma quantia razoável, que permite qualquer pessoa ser conselheira do clube e entendem que se for cobrado um valor maior seria uma forma de exclusão. Há quem defenda um valor maior por conta da dificuldade financeira que o clube passa. O próprio presidente do Conselho considera a quantia irrisória “Não existe porque se contabilizarmos que existem 300 conselheiros e cada paga isso teremos uma receita de R$ 2,4 mil, o que sinceramente não dá para fazer muita coisa na atual conjuntura e desta forma o clube nunca vai evoluir e sempre terá problemas financeiros”, afirma.
Com a aproximação da eleição do novo Conselho Deliberativo, Zé Chico pretende colocar em pauta novamente esta discussão. “O que nós queremos não que os conselheiros banquem o clube, mas que pelo menos possa contribuir, por exemplo, pagando o salário dos funcionários, ou as contas de água, luz, telefone. O mais engraçado é que o valor é pequeno, mas existe inadimplência. Como fazer futebol assim? Ou se muda isso, ou do contrário fica difícil administrar o clube assim”, desabafa acrescentando. “o pior de tudo isso é que o valor é pequeno e tem conselheiros que ainda ficam inadimplentes. Como projetar um clube de futebol numa situação destas? É complicado e por isso temos que mudar isso, ou do contrário, o Fluminense vai continuar da forma que aí está”.
Presidente defende redução do quadro de conselheiros
Outro ponto polêmico defendido por José Francisco Pinto e que deve novamente ser colocado em discussão é a redução do atual quadro de 300 conselheiros para uma quantidade de pessoas que realmente possam contribuir com o tricolor feirense. “Não é com dinheiro e sim com idéias, ou seja, queremos um maior compromisso dos conselheiros com o Fluminense. Infelizmente, na atual conjuntura, temos conselheiros que só aparecem no clube de dois em dois anos para votar. Sei que existem conselheiros que ajudam, que acompanham o time nos jogos, comparecem aos treinamentos, mas em compensação tem outros que simplesmente nada fazem e sequer tem a dignidade de procurar o presidente para discutir a situação do time, dar idéias, ou apontar soluções “, argumenta.
O dirigente exemplifica este quadro com a recente dificuldade para se montar o time visando a disputa da Série D. “Foi tão complicado que vimos a hora do Fluminense não disputar o certame. Nesse contexto, os conselheiros poderiam encostar e dar sugestões, dar idéias, mas muitos preferem apenas criticar. Não tenho nada contra ninguém, mas sim a forma como as coisas acontecem, ou seja: o conselheiro está inadimplente, nunca vai ao clube é omisso e quando chega no dia da eleição paga os atrasados e vota. É melhor ter menos conselheiros, mas que sejam comprometidos com o clube”, comenta.
Zé Chico relembra que o Fluminense é um clube aberto para idéias e sugestões. “Muitos se escondem atrás da afirmativa ‘ah, eu não ajudo porque ninguém me procura’. Quando realmente temos a intenção de fazer alguma coisa, temos chegar e fazer e não ficar se escondendo atrás de críticas, que não ajudam em nada o Fluminense”, critica.
Matéria extraída do Jornal Folha do Estado edição de 04/05/2009
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